Costumava andar sempre como se tivesse um ovo na mão. Indo a todos os lugares, bebendo, conversando, trabalhando, chorando, vivendo... sempre com o tal ovo na mão. As vezes, confesso, até esquecia dele, mas quando lembrava, voltava toda a minha atenção e sentia um medo incalculável de que ele pudesse quebrar, estragar, cair...
Hoje já penso em como posso limpá-lo se cair. Porque já não me aflige tanto a possibilidade de quebrá-lo... Só não quero que faça estrago...
É preciso ter em mente que você cuida do ovo, mas ele não é a sua vida - deixá-lo pra lá de vez em quando não é problema nenhum.
Ah, e o mais importante: Depois de quebrado, abre-se um leque enorme de possibilidades de ser usado...
E o ovo é apenas o princípio, não pode ser pra sempre um 'simples' ovo.
.:: Pra você guardei o Amor-Nando Reis e Ana Cañas ::.
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